Dados dois pontos e
quaisquer do espaço cartesiano
, podemos definir um vetor representante do segmento
ao vetor que possui extremidade em B e origem em A e indicaremos por
.
Os pontos e
são representados por ternas ordenadas
e
. Sendo assim,
.
Representação analítica de um vetor no espaço
Representamos, analiticamente, um vetor no espaço por , onde a terna ordenada
é a extremidade do vetor que possui origem na origem do sistema de coordenadas cartesianas.
Exemplo:
Neste exemplo, temos o vetor representante do segmento
que possui origem na origem do espaço e extremidade no ponto
.
Para representar, geometricamente, esse vetor, podemos utilizar o seguinte procedimento: marcamos o par ordenado no plano e em seguida, a partir de
, subimos ou descemos “
” unidades, dependendo do sinal positivo ou negativo de “z”, respectivamente.
Podemos ainda, pensar da seguinte forma: considere que para marcar a extremidade de um vetor, você deve partir sempre da origem . Considere ainda que a terna ordenada
é um comando que você deve seguir. O valor de
é o comando que manda você se deslocar no sentido positivo ou negativo (conforme for o sinal de
) do eixo
, em
unidades. O valor de
é o comando que manda você se deslocar no sentido positivo ou negativo (conforme for o sinal de
) do eixo
, em
unidades. E finalmente, o valor de
é o comando que manda você se deslocar no sentido positivo ou negativo (conforme for o sinal de
) do eixo
, em z unidades.
Exemplo:
Seja . Para representá-lo graficamente, é preciso representar o ponto
e traçar o vetor
. Considere o ponto
como o comando: a partir da origem, desloque-se em três unidades no sentido positivo do eixo
. Em seguida, a partir da nova posição, desloque-se em duas unidades no sentido negativo do eixo
. Finalmente, desloque-se em cinco unidades no sentido positivo do eixo
.
Decomposição de um vetor no espaço
Um vetor do espaço pode ser decomposto segundo as direções de três vetores
,
e
não coplanares (vetores coplanares são aqueles que estão no mesmo plano). Em outras palavras, podemos sempre escrever um vetor como sendo a soma de três vetores não coplanares, previamente multiplicados por escalares reais.
Exemplo:
O vetor pode ser decomposto segundo as direções de
, de
e de
, da seguinte forma:
. Nesse caso, dizemos que
é uma combinação linear de
,
e
Como ,
e
são três vetores não coplanares, qualquer vetor do espaço pode ser decomposto segundo suas direções, bastando para isso, encontrar os escalares
,
e
tais que
. Dizemos que
,
e
formam uma base para o espaço.
Podemos escrever qualquer vetor do espaço como combinação linear de ,
e
:
.
Exemplos:
Operações com vetores no R³
e
Sejam os vetores ,
e
. Define-se a soma de
com
por:
Se e
, então
Sejam o vetor e o escalar
um número real qualquer. Define-se a multiplicação de um número real por um vetor como sendo:
Módulo de um vetor no R³
Seja um vetor não nulo do
.
Considerando que todo vetor do espaço pode ser representado como a diagonal de um paralelepípedo de lados ,
e
, podemos calcular o seu módulo com a ajuda do teorema de Pitágoras:
Ou ainda,
Exemplo:
Calcule o módulo de .