Unidade I – Autovalores e Autovetores

Determinação dos autovalores e autovetores

Autovalores e autovetores de uma matriz

Lembre-se que toda transformação linear  está associada a uma matriz  em relação à base canônica, isto é,  T(v) = A.v.

Logo, o autovalor e autovetor de A é o autovalor e autovetor de T.

Portanto, o autovalor    e o autovetor  v, são soluções da equação T(v) =  v, isto é ,  , em que (v vetor não nulo).

Dada uma matriz . Para encontrar os autovalores de A, calcula-se o determinante , em que  é a matriz identidade.

Polinômio característico

Método prático para encontrar autovalores e autovetores de uma matriz.

Exemplo:

Dado , vamos procurar vetores v=(x,y) não nulo e escalares  tais que .

Observe que, se I for a matriz identidade de ordem 2, então a equação acima pode ser escrita na forma

Voltando ao exemplo, temos:

Esta última relação representa um sistema de equações lineares de 2 equações e 2 incógnitas na forma matricial. Como o sistema é de ordem 2x2, uma maneira de resolver é usando a Regra de Cramer.

Se o determinante da matriz dos coeficientes for diferente de zero, então o sistema tem uma única solução, que é a solução nula, ou seja, x=y=0.

Como estamos interessados em calcular os autovetores de A, isto é, vetores v0, queremos que o sistema seja possível e indeterminado, ou seja,

Portanto, .

Denominamos de polinômio característico da matriz A ao polinômio definido por .

Obs.:

Continuando a resolução, temos , que são as raízes do polinômio característico e, portanto, os autovalores da matriz A são -1 e 1.

Através dos autovalores encontramos os autovetores.

(I) Substituindono sistema  , temos:

O autovetor associado a  é  v1=(3y,y), ,  ou    v1=(x,x/3), . Ou de outra forma, o autovetor associado a , é todo vetor múltiplo de v1=(3,1). Assim, v1=(3,1) é um autovetor que gera o autoespaço de .

(II ) Substituindo  no sistema  , temos:

O autovetor associado a  é  v2=(x,x), . Ou de outra forma, o autovetor associado a , é todo vetor múltiplo de v2=(1,1). Assim, v2=(1,1) é um autovetor que gera o autoespaço de .

Teorema:

Se a equação polinomial , onde c1, ... , cn  são inteiros, então todas as soluções inteiras (se houver) desta equação são divisores do termo cn.

Exemplo:

As possíveis raízes inteiras da equação  são os divisores de -6 que são, .

Se

 é uma das raízes pois p(2)=0.

Para as outras possibilidades não encontramos raízes.

Mas, dividindo por , onde  é uma raiz de , temos,

Logo, as outras raízes serão solução da equação .

Considerando raízes complexas, temos .

Então, as raízes de são: .