C.2 Memória ROM
A memória ROM (Read-Only Memory) é uma memória conhecida como de somente leitura. Em sua definição clássica, suas informações são gravadas uma única vez e, após, não podem ser alteradas ou apagadas, somente acessadas e seu conteúdo não é apagado quando a alimentação elétrica é cortada.
Atualmente, o termo é usado para indicar um conjunto de tipos de memória que são usadas para a leitura de dados em dispositivos eletrônicos digitais, mas que podem ser escritas por meio de mecanismos especiais.
Podemos destacar alguns tipos existentes de memória ROM (Disponível em http://informatica.hsw.uol.com.br/memoria-rom.htm. Acesso em 01 jul 2010).
- ROM (Read-Only Memory)
- Pode ser escrita apenas uma vez, em seu processo de fabriação.
- É composta por uma matriz de linhas e colunas, com os endereços sendo formados na intersecção de cada linha e coluna. Em cada endereço é usado um diodo para conectá-lo, permitindo a passagem de corrente e, com isso, fazê-la valer 1. Se o valor a ser registrado for 0, a posição não é conectada com o diodo, impedindo a passagem de corrente.

- Se um diodo está presente na célula, a carga será conduzida até a terra e a célula será lida como sendo "ligada" (valor 1).
- Se o valor da célula é 0, não há diodo na intersecção para ligar a linha à coluna, então a carga na coluna não é transferida para a linha.
- Não se pode programar ou regravar um circuito impresso ROM.
- PROM (Programmable Read-Only Memory)
- Pode ser escrita com dispositivos especiais apenas uma vez, não podendo mais ser apagada ou modificada após isso.
- Seus endereços são formados na intersecção de linhas e colunas no formato de uma matriz, onde em cada intersecção existe um fusível, ligando-as.

- Todas as células possuem um fusível, cujo estado inicial (vazio) de um chip de PROM, é quando todas as posições valerem 1.
- Para alterar o valor das células para 0, é usado um programador para enviar uma tensão mais alta na conexão entre a linha e a coluna, queimando o fusível (processo conhecido como “queimar” uma PROM).
- EPROM (Erasable Programmable Read-Only Memory)
- Pode ser apagada pelo uso de uma frequência específica de radiação ultravioleta, permitindo sua reutilização.
- Cada célula de cada interseção possui dois transistores (porta flutuante e porta de controle), que são separados um do outro por uma fina camada de óxido.
- Inicialmente, todas as portas de uma EPROM vêm com o valor 1. A única ligação da porta flutuante com a linha (wordline) acontece através da porta de controle.
- Para mudar o valor para 0 é necessário alterar a disposição dos elétrons na porta flutuante. A tensão vem da coluna (bitline), entra pela porta flutuante e é canalizada para a terra.
- Após a alteração, esses elétrons carregados negativamente atuam como uma barreira entre a porta de controle e a porta flutuante.
- Para regravar uma EPROM, é necessário apagá-la, sendo necessário um nível de energia suficientemente forte para romper completamente o bloqueio de elétrons negativos na porta flutuante. Esse processo não é seletivo, ou seja, todo o conteúdo da memória é apagado nesse processo.
- EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read-Only Memory)
- Seu princípio de funcionamento é semelhante ao da EEPROM, com a diferença de que pode ter seu conteúdo modificado eletricamente, mesmo quando já estiver sendo utilizada em um circuito eletrônico.
- No processo de regravação, o chip não precisa ser removido, não tem de ser completamente apagado e não requer equipamento adicional.
- Para que os elétrons da célula possam retornar ao seu estado normal, é necessária a aplicação localizada de um campo elétrico em cada célula.
- As mudanças são feitas em um byte de cada vez, o que as torna versáteis, mas lentas.
C.2.1 Utilidade da memória ROM
As ROMs costumam ser utilizadas para armazenar o software básico de funcionamento e equipamentos, o chamado firmware. O firmware de um aparelho é uma espécie de sistema operacional, que realiza a comunicação entre o usuário e o aparelho, bem como armazena funções para execução de tarefas solicitadas, sendo que devido aos tipos de ROM existente atualmente, o firmware pode ser atualizado quando necessário.
No computador, a memória ROM é utilizada para armazenar os programas básicos do sistema como o BIOS (Basic Input Output System) que é o sistema básico de entrada e saída do sistema, o POST (Power On Self Test) que é o autoteste que o computador executa sempre que é ligado e o SETUP que armazena as configurações da máquina.