Avaliação Ambiental:
A cadeia produtiva da construção civil apresenta importantes impactos ambientais em todas as etapas e qualquer sociedade seriamente preocupada com esta questão deve colocar o aperfeiçoamento da construção civil como prioridade. Em primeiro lugar, o enorme peso do macrocomplexo da construção civil na economia, onde é responsável por 40% da formação bruta de capital e enorme massa de emprego fazem com que qualquer política abrangente deva necessariamente abranger o setor. Em segundo lugar, o macro-complexo da construção civil é um das maiores consumidoras de matérias primas naturais. Estima-se que a construção civil consome algo entre 20 e 50% do total de recursos naturais consumidos pela sociedade. Algumas reservas de matérias primas têm estoques bastante limitados. As reservas mundiais do cobre, por exemplo, têm vida útil estimada de pouco mais de 60 anos. Em uma cidade como São Paulo, o esgotamento das reservas próximas da capital faz com que a areia natural já seja transportada de distâncias superiores a 100 km, implicando em enormes consumos de energia e geração de poluição.
O setor envolve processos intensivos em energia, geradores de poluição e, dada sua dispersão espacial, transporte a grandes distâncias. Cerca de 80% da energia utilizada na produção do edifício é consumida na produção e transporte materiais.
Em terceiro lugar, a construção civil é potencialmente uma grande consumidora de resíduos provenientes de outras indústrias. O setor já é atualmente um grande reciclador de resíduos de outras indústrias. Resíduos como a escória granulada de alto forno e cinza volante são incorporados rotineiramente nas construções.
declínio da construção civil no Brasil, entre 2000 e 2003, decorreu de dois grandes fatores combinados: a baixa taxa de investimento na economia, que se reflete imediatamente na construção civil; e o desmantelamento do sistema de financiamento da habitação, reduzindo a implantação dos investimentos na infraestrutura social urbana e na construção de residências.