Antes de sair para o trabalho, damos uma arrumada na casa. Recolhemos o lixo do banheiro, jogamos o jornal do dia anterior, rasgamos alguns papéis, juntamos as sobras de uma reuniãozinha da noite anterior e entramos na cozinha para fazer o café. Terminada essa refeição, sobram migalhas de pão, a caixa do leite, o coador de papel, as cascas de frutas, o potinho de iogurte. Juntamos tudo isso num saco plástico, amarramos e colocamos num lugar de onde possa ser levado para longe dali. E assim tem início diariamente uma enorme produção de lixo domiciliar, que só termina quando as luzes se apagam.
CETESB, Inventário Estadual de Resíduos Sólidos
Domiciliares 2007, São Paulo: CETESB. Disponível
em: http://www.cetesb.sp.gov.br
Em nossas atividades diárias geramos resíduos mesmo sem perceber e que apresentam elevado potencial poluidor ao meio ambiente.
Você já pensou na quantidade de resíduo gerado no seu dia a dia, em quanto tempo esses resíduos levarão para se decompor, para onde irão, posteriormente, depois de coletados pelo município e você pode afirmar que a destinação final dos resíduos no seu município é adequada ambientalmente?
Certamente, você já tem a resposta para alguma dessas perguntas, outras vamos procurar juntos responder ao longo da disciplina de Disposição final. Portanto, vamos começar pelo principio respondendo a seguinte questão:
Assista ao vídeo sobre resíduos e a questão ambiental.
De uma forma generalista, o lixo pode ser definido como resíduo proveniente das mais diversas atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis.
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De acordo com o Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda (2000), “lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor, sujeira, imundície."
Lixo é um conjunto heterogêneo de elementos desprezados durante um dado processo e, pela forma como é tratado, assume um caráter depreciativo, sendo associado à sujeira, repugnância, pobreza, falta de educação e outras conotações negativas.
Você já parou pra pensar que muito do que jogamos fora e consideramos sem valor pode ser aproveitado por outras pessoas?
Atualmente, esse conceito vem sendo revisado ou complementado tendo em vista a agregação de novos conhecimentos sobre a utilidade do lixo e o uso cada vez maior de práticas como a reciclagem, compostagem, geração de energia e proteção do meio-ambiente. Dessa forma, o conceito de “lixo” como substâncias imprestáveis e sem valor deve ser modificado para o de resíduos sólidos – substâncias passíveis de serem reaproveitadas.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/10708/1/A-Problematica-do-Lixo/pagina1.html#ixzz1Ifs380d5
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT por meio da NBR 10.004 (2004) define os resíduos sólidos como resíduos em estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Incluindo nesta definição os lodos gerados por sistemas de tratamento de água, sistemas de controle de poluição, sistemas de tratamento de esgoto, e líquidos, cujas características tornem inviável o lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d´água ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.
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Já o artigo 3º da Política Nacional de resíduos sólidos (LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.) define resíduos sólidos como:
“... material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;”
O mesmo artigo definiu rejeito como “..resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;”
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