O tratamento do lixo pode ser feito por dois processos: segregar os diferentes tipos de materiais existentes no lixo visando a sua reciclagem e consequente redução de resíduos aterrados, ou incinerar visando a sua redução e inertização, se possível com recuperação de energia.
Conforme Philippi Júnior (2005), incineração é um processo de redução de peso e volume dos resíduos por intermédio de queima controlada. Os resíduos são reduzidos a cinzas, que representam de 5% a 15% do peso inicial. Por destruir agentes patogênicos e diversos compostos químicos tóxicos, é comumente utilizado para tratamento de resíduos de serviços de saúde. Na Figura A.18 é apresentada uma unidade de incineração de resíduos de serviços de saúde.
A seguir serão apresentadas algumas vantagens e desvantagens da incineração segundo Jardim, et al.(1995):
É um processo biológico no qual a matéria orgânica é convertida pela ação de microorganismos, em composto orgânico. Como vantagem, a compostagem apresenta economia de aterro, aproveitamento agrícola, reciclagem de nutrientes para o solo e eliminação de patógenos.
É importante observar alguns fatores que influenciam a compostagem como: aeração, umidade, temperatura, nutrientes e pH.
No final da compostagem se obtém o composto orgânico que tem como principais características a presença de húmus e de nutrientes minerais, podendo ser utilizado em qualquer tipo de cultura associado ou não a fertilizantes químicos. Se produzido em uma unidade de compostagem, o composto deve ser regularmente submetido a análises físico-químicas de forma a assegurar o padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo governo. A Figura A.19 mostra leiras de compostagem de matéria orgânica de Porto Alegre, RS.
Para Jardim, et al. (1995), reciclagem é o resultado de uma série de atividades através da qual materiais que se tornariam rejeito, são desviados, sendo coletados, separados e processados para serem utilizados novamente como matéria-prima. Este processo diminui a quantidade de lixo a ser aterrado (consequentemente aumenta a vida útil dos aterros sanitários); preserva recursos naturais; economiza energia; e gera empregos, através da criação de indústrias recicladoras.
O tipo de material reciclável a ser separado nas unidades de reciclagem depende, sobretudo, da demanda da indústria. Os principais são: papel e papelão; plástico duro; plástico filme; garrafas inteiras; vidro; metal ferroso e metal não-ferroso. (Monteiro et al., 2001). A Figura A.20 mostra o processo de triagem e reciclagem de resíduos.
Existem outros métodos de tratamento de resíduos além dos mencionados como a pirólise e a autoclavagem.
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Com relação à escolha da tecnologia a ser adotada, deve-se levar em conta o custo, pois quanto maior o nível de sofisticação de equipamentos, maiores serão os investimentos iniciais e as despesas com manutenção. Em países com déficit de empregos, por exemplo, é recomendável o emprego de intensa mão de obra, como nas usinas que adotaram a separação manual dos materiais (PHILIPPI JÚNIOR, 2005).