O sistema de captação do gás de aterro é composto por um conjunto de poços e uma rede de tubulação de PEAD (Polietileno de alta densidade) como mostrado na Figura D.39.
Em aterros sanitários construídos conforme a norma nacional vigente, já está prevista a colocação dessa tubulação para a coleta do gás.
Cada uma das pontas do tubo é conectada a uma tubulação lateral que transporta o gás para um coletor principal.
O sistema de coleta deve ser planejado para que o operador possa monitorar e ajustar o fluxo de gás se necessário.
As tubulações provenientes dos drenos são interligadas aos pontos de regularização de fluxo ou manifolds (Figura D.40). E estes são interligados a uma linha principal, que conduz o biogás para os sistemas de queima (flare) e/ ou para o grupo de geradores.
A força motriz para a extração do biogás é a pressão negativa gerada por um conjunto de sopradores interligados à linha principal.
Na linha de entrada do sistema, a vazão de biogás é controlada diretamente por uma válvula borboleta e indiretamente por um inversor de frequência acoplado ao motor do soprador, o qual é acionado através de um transmissor de pressão, instalado na linha de sucção. Assim, o inversor de frequência regula o ponto de operação do motor do soprador em função da pressão, mantendo a vazão do processo constante.
Na mesma linha normalmente é instalado um termômetro, com a finalidade de indicar localmente a temperatura do gás no interior da tubulação. A primeira etapa de tratamento do biogás extraído ocorrerá pela passagem do mesmo através de um filtro, para a remoção de material particulado eventualmente arrastado juntamente com o gás.
À montante e à jusante deste filtro são instalados medidores de pressão (vacuômetros) que possibilitam o monitoramento do aumento da perda de carga e permitem identificar o momento da troca do elemento filtrante.