Tratamento estatístico de variáveis hidrológicas
No tratamento de um processo aleatório, no caso os processos hidrológicos, pressupõe-se inicialmente sua quantificação, realizada por uma variável, dita aleatória.
Na quantificação de uma variável hidrológica deve-se saber que os processos hidrológicos ocorrem no tempo e no espaço. Um exemplo é a chuva que tem uma variação temporal e, por isso, é uma variável que assume valores distintos ao longo do tempo, variando também no espaço, que assume valores distintos em função das coordenadas do ponto geográfico de interesse. Para ser absolutamente preciso, haverá necessidade de 3 coordenadas: latitude (x), longitude (y) e altitude/profundidade (z). Introduzindo o tempo (t), a variável representativa do processo chuva deveria ser notada como P(x, y, z, t).
Isso ocorre para grande parte dos processos hidrológicos. Com o intuito facilitar a análise é usualmente realizada uma simplificação de fixar-se o local em que o processo será estudado. Por exemplo, a precipitação medida em um dado pluviômetro de um local, pode ser representado por uma variável P(t), já que apenas ao longo do tempo existe variabilidade significativa. Outros exemplos de variáveis hidrológicas temporais analisadas são, vazão, evaporação, temperatura, insolação, velocidade e sentido do vento.
Os processos hidrológicos são geralmente contínuos no tempo e no espaço, ou seja, aquele cuja a variável que o quantifica assume valores ao longo de qualquer ponto, temporal ou espacialmente, no qual for medido. A representação dos processos hidrológicos por variáveis aleatórias temporais se dá pela discretização, significando que os valores das variáveis obtidos são tratados em instantes ou períodos sucessivos do tempo, ou em pontos geográficos definidos no espaço.