Esta subunidade tem como objetivo o reconhecimento das tendências tecnológicas da indústria de polímeros.
Não se pretende, nesta subunidade fazer um estudo das tendências tecnológicas na indústria de polímeros, sob aspectos como máquinas e equipamentos ou tecnologias de processamento ou de produção dos diversos polímeros. Mas sim, abordar o aspecto tecnológico dos produtos em si, seja nas resinas e aditivos, seja nas características dos transformados plásticos. Ainda assim, a abordagem será limitada em aprofundamento de conhecimentos, haja vista a proposta desta disciplina de contemplar uma visão geral do assunto polímeros.
Dada a pequena carga horária destinada a este assunto “tendências tecnológicas” chamamos a atenção de que você deverá complementar seus estudos com um aprofundamento através de literatura especializada na área.
Escolheu-se o tema nanotecnologia aplicada aos plásticos, a chamada tecnologia dos não compósitos poliméricos, por conter inúmeras características de aplicabilidade nas mais variadas áreas científicas e tecnológicas e ser uma das áreas do conhecimento que mais tem recebido atenção e elevados investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Inicialmente, faremos uma abordagem geral sobre esta tecnologia (nanotecnologia), tomando como base o vídeo a seguir:
Nanotecnologia: o que é isso? Autor: Vídeo do INCT (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia) de Nanotecnologia.
Avançando no assunto, do texto da ABIPLAST “A Indústria de Transformação de Material Plástico: Mundo Nano.”, explicando a nanotecnologia, temos as seguintes definições:
“Nanotecnologia é o estudo, design, criação, síntese, manipulação e aplicação de materiais funcionais, dispositivos e sistemas através do controle da matéria em nível nanonométrico (1-100 nanômetros), isto é , em nível atômico e molecular, e a exploração de novos fenômenos e propriedades da matéria nesta escala”.
Especificamente quando esta tecnologia é aplicada às Ciências da Vida recebe o nome de Nanobiotecnologia.
Segundo este texto, o mercado mundial até 2015 é enorme, totalizando a previsão de 2,5 trilhões de dólares, no que se refere a produtos com nanotecnologia.
A figura 1 a seguir, mostra, na conjunção das várias áreas do conhecimento (medicina, biologia, engenharia, química, física e ciência dos materiais), onde ocorre a presença de plásticos.Entre as propriedades e características encontradas no nanocompósitos poliméricos, citam:
Quanto às suas aplicações, a figura 2, a seguir, mostra a divisão percentual:
Alguns exemplos de aplicações dos nanocompósitos poliméricos, segundo a ABIPLAST são:
Basicamente, como resumo, se pode listar as vantagens e benefícios das aplicações dos nanocompósitos poliméricos:
Ainda, no campo das aplicações, a nanotecnologia e o uso de plásticos especiais, citam-se os seguintes:
Como forma de identificar a existência de tecnologia nesta área, em fabricantes no Brasil, se tomou como exemplo a Braskem, que a seguir será mostrada através de algumas pesquisas que vem desenvolvendo com parceiros (disponível no site da empresa):
27/10/2005 12:37:00
Braskem deposita primeira patente em Nanotecnologia da Petroquímica Brasileira.
Nova tecnologia de vanguarda, desenvolvida em parceria com a UFRGS, deverá dar grande impulso às vendas de polipropileno e polietileno da companhia. A Braskem tornou-se a primeira empresa petroquímica brasileira a depositar uma patente envolvendo a nanotecnologia, considerada uma das mais importantes inovações tecnológicas dos últimos anos. A patente refere-se ao desenvolvimento de um processo de produção de polipropileno aditivado com nanocompósitos, partículas minúsculas que proporcionam aos produtos propriedades físicas superiores, como rigidez 30% superior, mais brilho aos produtos e maior resistência a impactos. ...
7/11/2006 11:11:00
Braskem lança a primeira resina termoplástica brasileira com nanotecnologia e confirma sua liderança em inovação.
A Braskem, primeira petroquímica a requisitar patente em nanotecnologia no país, acaba de quebrar mais um importante paradigma, tornando-se a primeira empresa na América Latina a produzir uma resina - de polipropileno - usando essa tecnologia.
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O resultado desse esforço é um material quatro vezes mais resistente a impactos quando comparado à mesma resina, nacional ou importada, fabricada com a tecnologia tradicional, apresentando também outras características exclusivas. Poder ser empregada na produção de peças e componentes mais leves para veículos, ou de embalagens mais resistentes ao calor, à luz solar e também à umidade, melhorando seu desempenho e segurança, são importantes benefícios adicionais oferecidos pela resina.
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O polipropileno produzido com nanotecnologia já está sendo testado por clientes da Braskem, que começaram a desenvolver novas aplicações para a resina. Um dos clientes é a Termolar, destacado fabricante brasileiro de garrafas térmicas com sede no Rio Grande do Sul. Com base nos primeiros protótipos, a empresa constatou grandes vantagens na utilização da resina, proporcionando melhor desempenho ao produto final e maior agregação de valor.
24/11/2010 17:33:00
Embrapa e Braskem iniciam projeto à base de nanotecnologia e uso de fontes renováveis.
Acordo prevê desenvolvimento de pesquisas que terão como matéria-prima para estudo o bagaço de cana, resíduos de casca de coco, variedades específicas de algodão colorido, sisal, curauá e resíduos agrícolas.
Embrapa e Braskem dão início ao convênio de cooperação científica e tecnológica para identificar nanofibras de celulose de diferentes fontes vegetais mais produtivas, com melhor desempenho e biodegradáveis para uso na indústria. Com início previsto para o dia 25 de novembro, como parte da programação da solenidade de posse do chefe geral da Embrapa Instrumentação, Luiz Henrique Capparelli Mattoso, o projeto tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Fundação para o Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial (Fipai). ...
Para o desenvolvimento de nanofibras estão sendo envolvidos três pesquisadores e cinco bolsistas da Embrapa Instrumentação, que terão como matéria-prima para o estudo o bagaço de cana, resíduos de casca de coco, variedades específicas de algodão colorido, sisal, curauá e resíduos agrícolas. Todo o material será caracterizado de acordo com as várias técnicas empregadas pela Embrapa Instrumentação, que já vem há anos estudando a extração de nanofibras.
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