Unidade D – Educação profissional tecnológica na área e a ética profissional

D.1 Educação Tecnológica Profissional na área

Para que possamos abordar esta subunidade, dentro do tempo disponível, faremos uso de material colocado no portal do próprio IFSUL e do Curso de Tecnologia em Gestão da Produção, bem como informações disponíveis no portal do MEC – Ministério da Educação.

Nada mais próprio para iniciarmos, através da compreensão do que é o IFSUL – Instituto Federal Sul-rio-grandense.

O IFSul

Abaixo, a descrição na íntegra do Instituto:

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), integrante da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, foi criado a partir do CEFET-RS, mediante Lei n°11.892, de 29 de dezembro de 2008.

O IFSul, cuja reitoria localiza-se em Pelotas/RS, é formado por oito campi, sendo cinco em atividade (Pelotas, Pelotas-Visconde da Graça, Sapucaia do Sul, Charqueadas e Passo Fundo) e três em fase de implantação (Bagé, Camaquã e Venâncio Aires), além de um campus avançado em Santana do Livramento - em implantação.

O Instituto Federal, caracterizado pela verticalização do ensino, oferta educação profissional e tecnológica em diferentes níveis e modalidades de ensino, bem como articula a educação superior, básica e tecnológica.

A Instituição reúne elementos singulares para a definição de sua identidade, assumindo papel representativo de uma verdadeira incubadora de políticas sociais, uma vez que constrói uma rede de saberes que entrelaça cultura, trabalho, ciência e tecnologia em favor da sociedade.

Fonte: http://www.ifsul.edu.br

Missão do IFSul

Também, importante, conhecermos a missão da instituição, conforme a descrição no site:

Implementar processos educativos, públicos e gratuitos, de ensino, pesquisa e extensão, que possibilitem a formação integral mediante o conhecimento humanístico, científico e tecnológico e que ampliem as possibilidades de inclusão e desenvolvimento social. 

No mês de junho de 2011, a seguinte estrutura está organizada do IFSul:

Estrutura dos campi do IFSul

Histórico de implantação e desenvolvimento da instituição

O IFSul passou por diversas fases de amadurecimento enquanto instituição de educação. A seguir, mostram-se estas fases:

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense carrega em seu DNA uma trajetória de quase um século, cuja história começou a ser escrita no início do século XX, através de ações da diretoria da Bibliotheca Pública Pelotense que, em 7 de julho de 1917 - data do aniversário da cidade de Pelotas - sediou a assembleia de fundação da Escola de Artes e Officios. Esta escola se caracterizava por ser uma sociedade civil, cujo objetivo era oferecer educação profissional para meninos pobres. O prédio foi construído, mediante doações da comunidade, em terreno doado pela Intendência Municipal.

As aulas tiveram início em 1930, quando o município assumiu a Escola de Artes e Officios e instituiu a Escola Technico Profissional que, posteriormente, passou a denominar-se Instituto Profissional Técnico, cujos cursos compreendiam grupos de ofícios divididos em seções: Madeira, Metal, Artes Construtivas e Decorativas, Trabalho de couro e Eletro-Chimica. João Py Crespo, intendente Municipal que viabilizou o funcionamento da Escola, doou seus vencimentos para esse fim, exemplo que foi seguido pelo primeiro diretor, Sylvio Barbedo e pelo primeiro grupo de professores.

O Instituto Profissional Técnico funcionou por uma década, sendo extinto em 25 de maio de 1940, e seu prédio demolido para a construção da Escola Técnica de Pelotas.

Em 1942, através do Decreto-lei nº 4.127, de 25 de fevereiro, subscrito pelo presidente Getúlio Vargas e pelo ministro da Educação Gustavo Capanena, foi criada a Escola Técnica de Pelotas – ETP –, a primeira e única Instituição do gênero no estado do Rio Grande do Sul. O engenheiro pelotense Luiz Simões Lopes foi o responsável pela vinda da Escola para o município, através de sua intercessão pessoal junto ao Ministério da Educação e ao Presidente da República.

A ETP, inaugurada em 11 de outubro de 1943, com a presença do presidente Getúlio Vargas, começou suas atividades letivas em 1945, com cursos de curta duração (ciclos). Neste primeiro ciclo do ensino industrial, os cursos estabelecidos foram de Forja, Serralheria, Fundição, Mecânica de Automóveis, Máquinas e Instalações Elétricas, Aparelhos Elétricos, Telecomunicações, Carpintaria, Artes do Couro, Marcenaria, Alfaiataria, Tipografia e Encadernação.

A partir de 1953, foi oferecido o segundo ciclo da educação profissional, quando foi criado o primeiro curso técnico - Construção de Máquinas e Motores.

Em 1959, a ETP é caracterizada como autarquia Federal e, em 1965, passa a ser denominada Escola Técnica Federal de Pelotas, adotando a sigla ETFPEL.

Com um papel social muito forte e reconhecidamente destacado na formação de técnicos industriais, a ETFPEL tornou-se uma Instituição especializada e referência na oferta de educação profissional de nível médio, formando grande número de alunos nas habilitações de Mecânica, Eletrotécnica, Eletrônica, Edificações, Eletromecânica, Telecomunicações, Química e Desenho Industrial.

Em 1996, no dia 26 de fevereiro, foi colocada em funcionamento a sua primeira Unidade de Ensino Descentralizada – UNED, na cidade de Sapucaia do Sul.

Em 1998, a Escola Técnica Federal de Pelotas começa a efetivar sua atuação no nível superior de ensino, tendo obtido autorização ministerial, após parecer favorável do Conselho Nacional de Educação, para implantação de Programa Especial de Formação Pedagógica, destinado à habilitação de professores da educação profissional.

Em 1999, através de Decreto Presidencial, efetivou-se a transformação da ETFPEL em Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas – CEFET-RS, o que possibilitou a oferta de seus primeiros cursos superiores de graduação e pós-graduação, abrindo espaço para projetos de pesquisa e convênios, com foco nos avanços tecnológicos.

Em 13 de outubro de 2006, foi inaugurada a Unidade de Ensino de Charqueadas e, em 27 de novembro 2007, a Unidade de Ensino de Passo Fundo.

Em 29 de dezembro de 2008, foi criado, a partir do Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, com sede e foro na cidade de Pelotas, estado do Rio Grande do Sul, nos termos da Lei nº 11.892, com natureza jurídica de autarquia, vinculada ao Ministério da Educação.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense é formado por 8 Campi: Campus Pelotas (1943), Campus Pelotas - Visconde da Graça (1923), Campus Sapucaia do Sul (1996), Campus Charqueadas (2006) , Campus Passo Fundo (2007), Campus Camaquã (2010), Campus Venâncio Aires (2010), Campus Bagé (2010), além do Campus Avançado Santana do Livramento (2010), ligado ao Campus Bagé.

Fonte: http://www.ifsul.edu.br/portal/index.php...

Ainda, para você, que é curioso na área histórica, poderá consultar um rico banco de dados do IFSul, denominado Memorial CEFET-RS, e disponível no site http://www2.cefetrs.tche.br/memorial/.

Memorial CEFET-RS

Após analisarmos a instituição, num olhar mais amplo, agora faremos uma pequena incursão sobre o próprio Curso de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial.

O Curso de Tecnologia em gestão da Produção Industrial

  1. Turno de oferta: Noite
  2. Modalidade: Presencial
  3. Habilitação: Tecnologia
  4. Carga horária: 3.660 horas divididas em 7 semestres
  5. Estágio: 270 horas
  6. Perfil: O Tecnólogo em Gestão da Produção Industrial deverá ser capaz de:
    1. Implantar o controle estatístico de processos;
    2. Aplicar técnicas avançadas em otimização de produtos e processos;
    3. Dominar o idioma inglês na suas quatro habilidades (escrever, falar, ler e ouvir) aplicando-o à área técnica afim;
    4. Dominar as técnicas de caracterização de polímeros aplicadas a matérias-primas, processos e produtos;
    5. Utilizar instrumentos de medição, conhecer técnicas de desenho para ler e interpretar projetos técnicos e caracterizar ferramentas para transformação de plásticos e projetos de ferramentas;
    6. Dominar ferramentas para gerenciamento com o uso de metodologias para identificação e análise de problemas, implantação de suas soluções e posterior padronização da solução;
    7. Implantar programas participativos;
    8. Dominar as principais técnicas de processamento de polímeros com base nas ciências da engenharia;
    9. Executar e gerenciar os processos observando as orientações da saúde e segurança no trabalho;
    10. Aplicar ferramentas computacionais no gerenciamento da qualidade;
    11. Atuar no planejamento estratégico de negócios, através do estabelecimento das diretrizes da empresa, desenvolvendo produtos e processos compatíveis às mesmas;
    12. Implantar sistemas de garantia da qualidade com base na normatização de processos e produtos nas especificações técnicas, econômicas e ambientais, inseridas no ciclo de vida do produto;
    13. Conceber, criar e implementar projetos de produtos e processos embasados em estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental;
    14. Analisar, criticamente, as práticas de gestão empresarial, traçar paralelos entre estas e suas respectivas teorias e propor melhorias aos métodos de gestão aplicados nas empresas.
  7. Campo de atuação: O Tecnólogo em Gestão da Produção Industrial atua nas organizações industriais, buscando a melhoria da qualidade e produtividade na indústria.  Dentre as atividades desempenhadas por esse profissional, destacam-se a identificação e o estudo de oportunidades de negócios na área industrial, coordenação de equipes de produção, diagnóstico e otimização de fluxos de materiais e a utilização de conhecimentos da logística industrial.

Fonte: http://www.ifsul.edu.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=30&Itemid=179

A rede federal de educação tecnológica

Com o passar do tempo, desde a implantação das 19 escolas de Aprendizes e Artífices, em 1909, pelo então Presidente da República Nilo Peçanha, muita ampliação foi realizada no sistema, resultando atualmente numa robusta rede federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

No ano de 2011, podemos verificar a malha distribuída por quase todo o país, constando de institutos federais, universidades tecnológicas, centros federais e escolas técnicas vinculadas a universidades. A figura 3 a seguir demonstra a capilarização da referida rede.

Estrutura da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica

Sugere-se que o referido site seja analisado, a fim de compreender o esforço que o Brasil tem feito no sentido de oferecer à sociedade uma educação que proporcione avanços nos vários aspectos e para a obtenção de objetivos de todos os envolvidos nesta rede, sejam os alunos, as empresas que usam esta qualificada mão-de-obra, enfim, também, nas atividades relacionadas à educação, pesquisa e extensão.

Educação tecnológica profissional

Para proporcionar, agora, o atendimento do objetivo desta subunidade, serão vistos alguns aspectos que servem de marco legal para esta modalidade de educação. Nesse sentido, é pertinente informar que no MEC – Ministério da Educação, está sediada a SETEC – Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, disponível no site a seguir:

Site da SETEC - Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica

No referido portal da SETEC, na aba “Legislação” se encontram muitos documentos legais. Interessa-nos fazer uma análise pontual para a educação de nível de tecnologia. A seguir, destacaremos alguns pontos do Parecer CNE/CP No 29/2002, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais no Nível de tecnólogo (disponível em http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf_legislacao/rede/legisla_rede_parecer292002.pdf).

 

 

Recomendamos que você faça uma busca de assuntos de seu interesse, com o objetivo de reconhecer a importância da educação tecnológica profissional. Entre tantos artigos e documentos, cita-se “OS INSTITUTOS FEDERAIS: uma revolução na Educação Profissional e Tecnológica”, do secretário desta pasta, Eliezer Pacheco (disponível em http://portal.mec.gov.br.

 

Esse parecer nos mostra claramente a partir da página 34 (final), quais são os objetivos (que estão em negrito) da Educação Profissional de Nível Tecnológico. Abaixo do primeiro objetivo faremos uma ênfase, através de um breve comentário, devido à sua importância, inclusive em nível estratégico nacional, na definição de uma educação empreendedora que pode alterar os rumos do país, haja vista a existência de tantos exemplos bem sucedidos em outros países.

A. Incentivar o desenvolvimento da capacidade empreendedora e da compreensão do processo tecnológico, em suas causas e efeitos;

É preciso superar o enfoque tradicional que vê a educação profissional exclusivamente como treinamento e capacitação técnica para um determinado posto de trabalho, em congruência direta com um emprego e remuneração fixa. Não é mais suficiente aprender a fazer. Não basta apenas a técnica do trabalho. Quem faz deve ter clareza suficiente do por que fez desta maneira e não de outra. Deve saber, também, que existem outras formas para o seu fazer e ter consciência do seu ato intencional. A ação profissional deve estar assentada sobre sólidos conhecimentos científicos e tecnológicos, de sorte que o trabalhador tenha a compreensão, cada vez maior, do processo tecnológico no qual está envolvido, com crescente grau de autonomia intelectual.

É fundamental desenvolver o espírito científico e o pensamento criativo, estimular a ousadia e criar condições de monitorar seus próprios desempenhos. É importante frisar que tais qualidades tendem a tornar-se progressivamente hegemônicas e acabarão por determinar um novo paradigma para a Educação Profissional de Nível Tecnológico. O que se busca é o cultivo do pensamento reflexivo, com crescentes graus de autonomia intelectual e de ação, bem como a capacidade empreendedora e a compreensão do processo tecnológico, em suas causas e efeitos, nas suas relações com o desenvolvimento do espírito científico e tecnológico.

A ênfase na qualidade, como peça-chave para a competitividade empresarial, assim como a gestão responsável dos recursos naturais cada vez mais escassos, caminha para a valorização crescente do profissional capaz de solucionar os problemas emergentes e do dia a dia, tanto individualmente, quanto de forma coletiva e partilhada.

Essa mudança de paradigma traz em seu bojo elementos de uma sensibilidade diferente para as questões que envolvem o mundo do trabalho e todos seus agentes, o que implica a organização de currículos de acordo com valores que fomentem a criatividade, a iniciativa, a liberdade de expressão, a intuição, a inovação tecnológica, a descoberta científica, a criação artística e cultural, como suas respectivas aplicações técnicas e tecnológicas.

Essa ótica altera decisivamente as práticas de avaliação dos alunos e dos cursos de educação profissional de nível tecnológico, conduzindo os docentes a colocarem-se no papel de clientes exigentes que contratam com seus alunos projetos de aprendizagem, avaliando e cobrando deles qualidade profissional em seu desempenho escolar. Igualmente, essa nova ótica de avaliação da aprendizagem, em termos de avaliação de competências profissionais, implica profundas alterações curriculares. Nas novas formas de gestão do trabalho, cada vez mais presentes nas empresas e organizações modernas, os trabalhadores com tarefas repetitivas e escasso grau de autonomia estão sendo substituídos por trabalhadores com autonomia de decisão e capacidade para trabalhar em equipe, gerar tecnologias, tomar decisões em tempo real durante o processo de produção de bens e serviços, corrigindo problemas, prevenindo disfunções, buscando a qualidade e a adequação ao cliente, bem como monitorando os seus próprios desempenhos, dando respostas novas aos novos desafios da vida pessoal e profissional.

Como primeiro objetivo, consta o desenvolvimento da capacidade empreendedora. Esta capacidade é a responsável pela superação do aluno, identificando seu potencial de realização de suas metas e atingindo seus sonhos. Ser empreendedor é ser arrojado, é sonhar, é saber se arriscar, sem, no entanto, ser tolo. Ser empreendedor é ser visionário e ter coragem de buscar oportunidades, é ser independente e autoconfiante. Enfim, ser empreendedor é ser uma pessoa atuando nas várias formas, seja como empregado ou empresário, na família, na política ou no meio ambiente.

Existem muitas definições para empreendedorismo, mas destacamos as teorias de David McClleland e de Jacques Filion, para serem aprofundadas por você.

Ainda que muito breve, faremos uma pequena diferenciação de termos na área do empreendedorismo:

Empreendedor

É aquela pessoa que detém capacidades comportamentais empreendedoras. É o que desenvolve e concretiza ideias, é o que pensa em algo e realiza (projeto, empresa, governo, ONG, etc.). É o que se destaca em relação à maioria das pessoas na sociedade, por conseguir concretizar suas visões e, assim, conseguir alterar o entorno de si para que as pessoas e a sociedade possam viver com melhores condições. Teoricamente, ainda que isso seja combatido por alguns autores, pode-se partir do princípio de que todas as pessoas são empreendedoras, variando-se o “nível de empreendedorismo” entre elas. Alguns especialistas, hoje, estão pesquisando se o Empreendedorismo seria uma herança genética.  Há vários estudos muito aprofundados sobre o tema. Uma pessoa “empreendedora” pode ser aquela em que se encontra na condição de empregada, ou de empresária, ou que atua em qualquer área, ou seja, na área política, governamental, não-governamental, acadêmica, empresarial, religiosa, militar, etc. Diz- se, também, que uma pessoa empreendedora gera empregos, impostos e renda, riqueza, aquece a economia, desenvolve um país, enfim, contribui e melhora a sociedade de alguma forma.

Intraempreendedor

É a pessoa que detém as capacidades empreendedoras, como abordado acima, porém, atua numa empresa na condição de empregado. Portanto, não é a pessoa “que está arriscando”, visto que depende de uma estrutura organizacional, que foi ou está sendo construída por outra pessoa, esta sim, é denominada empreendedora, pois corre o risco da implantação de um certo projeto, empresa, etc.

Empresário

É aquela pessoa que detém certa quantidade de cotas ou ações de uma empresa, sendo ou não atuante na mesma (pode ser apenas cotista e não trabalhar na empresa). Ou seja, é uma condição legal de ser proprietária de uma empresa. É esta pessoa que arrisca suas capacidades financeiras, seu patrimônio, sua imagem pessoal e profissional para que sua ideia ou visão seja implantada. Por exemplo, se uma pessoa herda, de uma hora para outra, as cotas ou ações de uma empresa (pela definição do contrato social da empresa que seu pai ou mãe é sócio) se tornará imediatamente, por uma questão jurídica, uma empresária.

Do que se pode observar acima, uma pessoa pode ser empresária e não ser necessariamente empreendedora. E o contrário é verdadeiro, ou seja, uma pessoa pode ser empreendedora e não ser empresária. São definições distintas.

E, continuando no primeiro objetivo constante no parecer 29/2002, compreender o processo tecnológico em suas causas e efeitos é dominar, acima de tudo, o conjunto de variáveis científicas e tecnológicas que permitem que se gere soluções para a sociedade, também através de produtos e serviços inovadores que gerem competitividade e aquecimento da economia como um todo.

B. Incentivar a produção e a inovação científico-tecnológica, e suas respectivas aplicações no mundo do trabalho.

C. Desenvolver competências profissionais tecnológicas, gerais e específicas, para a gestão de processos e a produção de bens e serviços.

D. Propiciar a compreensão e a avaliação dos impactos sociais, econômicos e ambientais resultantes da produção, gestão e incorporação de novas tecnologias.

E. Promover a capacidade de continuar aprendendo e de acompanhar as mudanças nas condições do trabalho, bem como propiciar o prosseguimento de estudos em cursos de pós-graduação.

F. Adotar a flexibilidade, a interdisciplinaridade, a contextualização e a atualização permanente dos cursos e seus currículos.

G. Garantir a identidade do Perfil Profissional de conclusão do curso e da respectiva organização curricular.

Deixaremos que você mesmo analise e interprete os outros objetivos (B a G), pois, como aluno de um curso tecnológico, deverá estar apto a fazer a crítica aprofundada da educação que está recebendo, com o objetivo da corresponsabilidade da melhoria do sistema e da obtenção desses objetivos neste nível de ensino.

 

Como complemento, para atingir os objetivos desta subunidade, existe a Lei 11.892 de 29 de dezembro de 2008, que instituiu a rede federal de educação profissional, científica e tecnológica, bem como criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e tecnologia. A mesma está disponível no site http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11892.htm. A leitura atenta da mesma proporcionará uma visão ampla dos objetivos e da metodologia que deve ser adotada para a implantação da rede de educação profissional, científica e tecnológica pela obtenção de seus objetivos e metas.

Como ferramenta de análise, reflexão e entendimento do valor da educação profissional e tecnológica, recomendamos que você assista ao vídeo do I Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, realizado em Brasília, no ano de 2009.

Vídeo do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (10min. 17seg.)

 

 

Também, para acesso a muitos documentos e artigos, do referido fórum, que teve a participação de mais de 16.000 pessoas e vários países, sugerimos acessar seu site (http://sitefmept.mec.gov.br/index.php).

Através dos dois vídeos a seguir, explicando vários aspectos da educação profissional e tecnológica, em entrevistas do Secretário da SETEC, Eliezer Pacheco, pode-se, também, observar e entender o impacto que este sistema de educação proporcionará ao país, ao longo dos próximos anos.

  1. NBR Entrevista - Educação Profissional - Parte 1 - (Eliezer Pacheco) (5min. 16seg.)
  2. NBR Entrevista - Educação Profissional - Parte 2 - (Eliezer Pacheco) (5min. 44seg.)