É determinada pelo ensaio descrito na NBR 9938, que consiste em submeter o agregado a um determinado esforço de compressão, capaz de causar fraturamento dos grãos. A amostra submetida ao ensaio é peneirada na peneira 2,4 mm e o peso retido, expresso em porcentagem da amostra inicial constitui o resultado do ensaio.
Agregados que serão utilizados na confecção de pavimentos rodoviários devem ter uma boa resistência ao esmagamento, pois são constantemente submetidos a esforços de compressão de diferentes magnitudes.
De acordo com Bauer (2008), os grãos de agregados não têm forma geometricamente definida. Quanto à relação entre as dimensões c (comprimento), l (largura) e e (espessura), os agregados graúdos são classificados de acordo com a tabela:
FORMAto DOS GRÃOS |
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NORMAIS |
LAMELARES |
DISCÓIDES |
PLANOS |
Normalmente, os agregados naturais têm grãos cuboides, de superfície arredondada e lisa contra as superfícies angulosas e extremamente irregulares dos grãos dos agregados industrializados, o que torna a mistura com agregados naturais mais trabalhável que com os industrializados. Assim, concretos com agregados de britagem exigem 20% mais de água de amassamento que os preparados com agregados naturais, porém, têm maiores resistência ao desgaste e à tração devido à maior aderência entre os grãos e a argamassa.
Grãos irregulares têm maior superfície específica que os cuboides e têm o inconveniente de poderem ficar presos entre as barras de armação do concreto armado resultando em enchimento irregular da fôrma. Quando se aumenta a porcentagem de grãos lamelares e alongados, o concreto perde trabalhabilidade. Por outro lado, os grãos irregulares devido a sua forma e textura superficial, apresentam maior aderência da argamassa resultanto em maior resistência para um mesmo traço do que os constituídos com grãos cuboides e de superfície lisa.
Dependendo da aplicação existem limitações quanto ao formato dos grãos, como no caso de agregados para pavimentos rodoviários, que podem ter no máximo 10% de grãos irregulares, enquanto que o agregado para lastro ferroviário deve ter no mínimo 90% de seus grãos com formato cuboide.
O tipo de rocha também influencia o formato do grão. O granito produz grãos de melhor forma que o basalto, que produz grande quantidade de grãos lamelares;
Semelhantemente aos agregados miúdos, o coeficiente de vazios é o número que, multiplicado pelo volume total do agregado dá o volume de vazios nesse agregado. Quanto maior o coeficiente de vazios, maior o consumo de pasta para ligar os agregados.