Unidade B -Tratamento Terciário

Remoção biológica de fósforo

 

A remoção de fósforo em sistemas biológicos está limitada a sua incorporação no lodo bacteriano ou na forma de algas, dependendo do tipo de tratamento utilizado. Em lagoas de estabilização a remoção de P pode ser obtida pela:

Entretanto, se o sistema de lagoas não possuir um dispositivo de remoção efetiva de algas, a remoção de P pode não ser efetiva. Outro problema observado em lagoas de estabilização é possibilidade de ressolubilização de fósforo que estava retido no lodo ao efluente.

Neste tipo de sistemas como por exemplo, em lagoas facultativas e aeradas, a eficiência de remoção usualmente é inferior a 35%.

Em reatores biológicos tipo lodo ativado é possível aumentar essa remoção com a introdução de condições anaeróbias antes das condições aeróbias, utilizando reatores tipo UASB por exemplo. Em um ambiente de ausência de oxigênio dissolvido e de nitrato, bactérias específicas (Acinetobacter) para assimilar a matéria orgânica passam a quebrar as reservas energéticas ATP – ADP, liberando o P da massa bacteriana para o meio líquido.

Nas zonas anóxicas e aeróbias subsequentes, há uma incorporação maior de fosfato pelo lodo ativo, que é removido através da descarga de lodo de excesso. Nesses casos, a remoção de fósforo pode chegar a 60-75%, bem superior a observada em sistemas aeróbios típicos.

A figura a seguir apresenta o modelo esquemático sugerido pelos autores de referência: