É bem verdade que a remoção desses contaminantes pode ser realizada já no nível primário de tratamento, então quando nos referimos ao tratamento terciário, estamos considerando uma remoção complementar.
Além do atendimento à legislação, o que podemos considerar importante na remoção de metais?
Metais são potencialmente tóxicos a diversos níveis tróficos , portanto, mesmo que em pequenas concentrações podem conferir toxicidade no efluente tratado bem como causar alterações indesejáveis no corpo receptor.
As formas em que os metais encontram-se em solução determinam o tipo de tratamento a ser utilizado. A remoção de metais pode ser realizada por:
Precipitação química
Conforme vimos na Disciplina de Controle de Efluente, contaminantes como Cobre, Chumbo, Níquel, Cromo Tri, etc., podem ser removidos na forma do hidróxido correspondente. Para a remoção de metais de efluentes é necessário conhecer a faixa ótima de pH para precipitação para cada metal a ser removido. A Tabela a seguir apresenta a curva de solubilidade de metais em função do pH da amostra.
Como cada metal possui uma faixa diferente de precipitação na forma de hidróxido, é comum no tratamento de efluentes industriais onde existam mais de 1 tipo de metal a ser removido, ter linhas de tratamento setoriais com tratamento diferenciado ou uma sequência de decantadores, onde é realizado o ajuste de pH em função do metal a ser removido.
Além da precipitação com hidróxidos, também é possível realizar a precipitação com o uso de sulfeto (usando H2S, Na2S, FeS, etc.)
O lodo gerado poderá ser classificado como perigoso ou não perigoso, conforme os metais que serão removidos.