Unidade B -Tratamento Terciário

Desinfecção de efluentes

A grande deficiência de saneamento básico em várias regiões brasileiras expõe um grande número de pessoas a riscos inaceitáveis de contaminação por patogênicos. O volume de efluentes sanitários ou industriais lançados nos recursos hídricos, em estado bruto ou insuficientemente tratado, constitui uma expressiva carga de organismos patogênicos no meio ambiente. Mesmo nos locais onde há estações de tratamento, são grandes os riscos de contaminação de pessoas pelo contato direto ou indireto com esses efluentes.

A transmissão de organismos patogênicos ao homem pode ocorrer por ingestão direta de água não tratada; ingestão direta de água tratada de má qualidade; ingestão de alimentos contaminados; ou pela infecção resultante do contato da pele com água ou solo contaminados. Essas rotas de transmissão evidenciam a necessidade de controle da qualidade das águas utilizadas para recreação, das fontes de abastecimento de água para consumo humano e irrigação, assim como dos alimentos e do solo.

A desinfecção de efluentes tem por objetivo principal a eliminação de organismos patogênicos, sendo sua eficiência de remoção monitorada pelo decaimento bacteriano através das análises de Coliformes Termotolerante ou de Escherichia Coli.

Em uma rápida pesquisa nos sites de buscas na internet, vocês encontrarão diversos trabalhos sobre métodos de desinfecção, alguns muito bons outros nem tanto. Mas em alguns aspectos há muita concordância entre os autores como em relação à classificação dos métodos.

A desinfecção pode ser realizada por meio de processos artificiais ou naturais. Tanto os processos artificiais como os naturais utilizam, isoladamente ou de forma combinada, agentes físicos e químicos para inativar os microorganismos de interesse. No caso dos processos naturais, ainda há a ação de agentes biológicos na inativação de patogênicos.

Dentre os processos naturais de tratamento podemos citas: lagoas de estabilização – facultativas, aeróbias ou de maturação; lagoas com plantas emergentes (wetands) e disposição controlada no solo.

Já entre os processos artificiais, podemos classificar os agentes desinfetantes de acordo com a sua ação ou mecanismo de destruição:

O desempenho de determinado processo de desinfecção depende diretamente da resistência específica dos diferentes organismos patogênicos ao agente desinfetante bem como da maneira pela qual ocorre o escoamento do líquido em seu interior.  Mesmo que determinado produto desinfetante seja fornecido em quantidade suficiente à inativação de determinada espécie de organismo, é fundamental que o contato entre o desinfetante e os organismos ocorra de forma adequada.  Dessa forma, na seleção de um processo de desinfecção de efluentes devem ser considerados os seguintes aspectos: