Toxicidade aguda
A toxicidade aguda é definida como os efeitos adversos que ocorrem dentro de um período curto após a administração de uma dose única ou doses múltiplas dentro de 24 horas. A dose única é utilizada para determinar a potência da substância em casos de ingestão ou envenenamento acidental e as doses múltiplas são usadas para avaliar os efeitos cumulativos.
Os estudos de toxicidade aguda têm por objetivo caracterizar a relação dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50. A DL50 representa a probabilidade estatística de uma dose causar efeito letal em 50% dos animais de uma população e é útil para identificar a toxicidade relativa da substância. A CL50 é utilizada para testes de letalidade no caso de inalação ou para indivíduos no meio aquático.
Conforme ilustra a figura 3, nos grupos que receberam baixas doses não se observam mortes. Nas doses intermediárias, parte do grupo morre e em altas doses, todos os animais do grupo morrem. Essas mortes podem ocorrer durante a exposição ou dentro do período estabelecido de observação após a exposição.
Os resultados obtidos a partir dos estudos de toxicidade aguda servem também para que se possa conhecer o mecanismo da substância, identificar prováveis órgãos ou sistemas sensíveis e determinar se os efeitos são reversíveis.
As substâncias devem ser testadas em diferentes espécies/linhagens animais e em ambos os sexos, pois as diferenças de resposta indicam que o efeito tóxico não é universal e a extrapolação para o homem deve ser feita considerando-se essas diferenças.
Além disso, os resultados obtidos a partir dos estudos de toxicidade aguda são empregados para o delineamento dos estudos de toxicidade subcrônica, particularmente no que se refere à escolha de doses.