Unidade A – Avaliação da Toxicidade

Toxicidade crônica

Os testes subcrônicos são limitados. Por exemplo, não são testes seguros para prever efeitos mutagênicos ou carcinogênicos e não têm por objetivo investigar os efeitos embriofetotóxicos.

Os estudos de toxicidade crônica são realizados para se determinar o efeito tóxico após exposição prolongada a doses cumulativas da substância em teste e permitem, também, observar o potencial carcinogênico da substância, desde que a dose escolhida seja correta.

Tais estudos seguem os mesmos protocolos utilizados nos estudos de toxicidade subcrônica, diferindo, apenas, quanto ao tempo de duração do teste, que deve ser superior a três meses. Em roedores, este tempo varia de 6 meses a 2 anos e em não roedores o tempo de tratamento é, em geral, de um ano.

Esses estudos são geralmente realizados em duas espécies animais (ratos e camundongos), por um período semelhante ao tempo de vida média desses animais (18 meses a 2 anos para camundongos e 2 a 2,5 anos para ratos). Geralmente são utilizados 50 animais para cada dose e sexo, visando garantir um número adequado ao final do experimento (30 animais).

A escolha da dose é o ponto crítico dos testes de longa duração, para que não ocorra morte prematura devido ao tratamento. Nos testes de toxicidade crônica os exames clínicos devem ser realizados cuidadosamente, duas vezes ao dia, evitando-se assim perdas por autofagia, após as mortes dos animais.