Processo de degradação dos contaminantes
A degradação é uma das propriedades intrínsecas à substância mais importantes na determinação do seu potencial de dano ao meio ambiente. As substâncias não degradáveis persistirão no meio, causando efeitos adversos crônicos sobre a biota. A velocidade da degradação não está somente relacionada com a sua estrutura molecular, mas também com as condições do compartimento onde foi lançada, como seu potencial redox, pH, presença de microrganismos, concentração de substratos e constituintes normais do referido compartimento.
- Degradação Abiótica - compreende as transformações químicas e fotoquímicas, que geralmente resultam em novos compostos orgânicos. As transformações químicas mais relevantes são a hidrólise, fotólise e reações de oxirredução. A degradação abiótica dos contaminantes da atmosfera pode ser feita por fotólise direta, reações com radicais hidroxilas, com ozônio. Já a degradação abiótica dos poluentes da água e do solo, pode ser feitas por degradação fotoquímica, hidrólise, fotodissociação de íons nitrato e adsorção com constituintes orgânicos.
- Degradação Biótica ou Biodegradação - é o mecanismo de degradação mais importante para compostos orgânicos na natureza, em termos de massa de material transformado e extensão de degradação. Diferente de outros, a biodegradação elimina contaminantes sem dispersá-los nos meios. Os produtos finais dessa degradação são dióxido de carbono, água e biomassa microbiana. A velocidade de biodegradação depende da composição química do produto no meio ambiente, associados a fatores ambientais específicos do local de contaminação. Os processos podem ser aeróbios ou anaeróbios e as variáveis ambientais que o afetam pode ser a temperatura, pH e potencial redox. No ambiente aquático e na parte superior dos sedimentos, prevalecem as condições anaeróbias, no entanto, em certas partes do meio aquático em alguns períodos do ano a concentração de oxigênio pode ser baixa, devido à eutrofização, o que ocasiona um decaimento na produção de matéria orgânica. Os parâmetros convencionais de oxidação medidos são: demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO), carbono orgânico total (COT), demanda total de oxigênio (DTO) e demanda teórica de oxigênio.